PRODUTIVIDADE E QUALIDADE DE FIBRA DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO (Gossypium hirsutum L.) NA REGIÃO DO SEMIÁRIDO MINEIRO
Autores
Cristiane Ramos Coutinho
Universidade Federal do Ceará
Juliana Aparecida Santos Andrade
Universidade Federal Rural de Pernanbuco, UFRPE
Rodinei Facco Pegoraro
Universidade Estadual de Montes Claros
Resumo
A região semiárida de Minas Gerais apresenta condições edafoclimáticas favoráveis ao cultivo do algodão, o lançamento de novas cultivares de algodoeiro resistentes a pragas e doenças e mais produtivas têm incentivado a cotonicultura na região. Objetivou-se avaliar a produtividade e a qualidade de fibra de cultivares de algodoeiro na região do semiárido mineiro, sob condição de sequeiro. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental da UNIMONTES, localizada no município de Janaúba, Minas Gerais. O delineamento experimental empregado foi em blocos casualizados (DBC), com sete tratamentos (cultivares: BRS 269 Buriti, FMX 910, FMT 523, FMT 701, NuOpal, DP 604, FMX 966) e quatro repetições, total de 28 parcelas. As variáveis analisadas foram: altura de plantas, número de entrenós e ramos frutíferos, peso de um capulho, peso de 100 sementes, rendimento de fibra, produtividade do algodão em caroço e características tecnológicas da fibra. A cultivar FMX 910 apresentou o maior número de entrenós em relação às demais cultivares avaliadas. As cultivares FMT 701, FMT 523, FMX 910 e FMX 966 apresentaram rendimento de fibra em torno de 40%. As maiores produtividades de algodão em caroço nas condições do semiárido mineiro foram obtidas para as cultivares FMT 701, BRS 269 Buriti, DP 604 e FMX 910 e corresponderam a 1.255,36 kg ha-1, 1.207,55 kg ha-1 e 1.076,52 kgha-1 e 1.071,45 kg ha-1, respectivamente. As cultivares convencionais e geneticamente modificadas avaliadas na região do semiárido mineiro apresentaram as características tecnológicas da fibra dentro dos padrões considerados como preferenciais pelo mercado internacional.
Biografia do Autor
Cristiane Ramos Coutinho, Universidade Federal do Ceará
Cristiane Ramos Coutinho. Engenheira Agrônoma. Mestre em Produção Vegetal no Semiárido, pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Doutoranda em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) na linha de pesquisa em Fitossanidade e sublinha em Entomologia.