A INTRODUÇÃO DE FITOPATÓGENOS E DOENÇAS EMERGENTES NA AGRICULTURA CEARENSE
Resumo
No presente artigo o autor relata casos concretos de introdução de novos fitopatógnos no estado do Ceará, nas duas últimas décadas, incluindo quatro fungos (Puccinia horiana, Uromyces transversalis, Coleosporium solidaaginis e Phakopsora euvitis), uma bactéria (Xanthomonas campestris pv. viticola), dois nematoides (Aphelenchoides ritzemabozi e Pratylenchus coffeae), além de discutir a importância de algumas fitomoléstias emergentes , como o oídio do cajueiro (Pseudoidium anacardii), mancha bacteriana do cajueiro (Xanthomonas citri pv. anacardii) e as secas descendentes, cancros e podridões de frutos (fungos Botryosphaeriaceos), meloidoginose da goiabeira (Meloidogyne enterolobii), dentre outras. A despeito dos esforços das autoridades responsáveis pela fiscalização, e da exigência do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e do Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC), de acordo com a Instrução Normativa do MAPA, os produtores continuam a importar, indiscriminadamente, propágulos vegetativos infectados, de outros estados brasileiros, especialmente de São Paulo. Por outro lado, alguns fitopatógenos vêm apresentando alterações de virulência, tornando algumas fitomoléstias, até então de importância secundária, em sérias ameaças à produtividade na floricultura e na fruticultura cearenses. Alguns aspectos, tais como alterações climáticas e ambientais, possivelmente envolvidas na severidade das fitomoléstias emergentes e re-emergentes, são também comentados.