LESÃO AXONAL DIFUSA

TRATAR OU NÃO TRATAR? REVISÃO SISTEMÁTICA DE ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS

Autores

Resumo

A lesão axonal difusa (LAD) pode trazer déficits irreversíveis na conectividade cerebral. Embora seja um dos principais desfechos da lesão cerebral traumática (LCT), não existem tratamentos efetivos. Objetivou-se analisar a efetividade dos tratamentos comparados com grupos controle na LAD. Revisão Sistemática de Intervenção, com buscas na Medical Publisher, Biblioteca Virtual em Saúde, World Wide Science e Science Direct, a partir dos descritores "Diffuse Axonal Injury", Treatment e Progesterone. Utilizou-se o Grades of Recommendation, Assessment, Development, and Evaluation para determinar a confiabilidade dos ensaios. Incluíram-se seis estudos. Dos 303 pacientes diagnosticados, 56,7% recebeu progesterona, cujos efeitos neuroprotetores foram moderação nos níveis de citocina, redução da lesão e efeito antioxidante. A Amantadina proporcionou melhorias mais rápidas da função cerebral. A Citicolina e a Boswellia Serrata provocaram efeitos neuroprotetivos. Efeitos adversos foram leves ou desprezíveis. Mesmo com o histórico de falha em casos de LCT, pacientes com LAD se beneficiaram com o uso da progesterona em longo prazo. Efeitos neuroprotetores da Citicolina são evidenciados em doenças neurodegenerativas e da Amantadina em quadros extrapiramidais. A Boswellia Serrata possuiu resultados positivos na esclerose múltipla. Cinco dos seis tratamentos foram efetivos em maioria dos parâmetros avaliativos. Para estudos futuros, são necessários cenários multicêntricos com populações maiores.

Biografia do Autor

João Eduardo Miranda Lima, Centro Universitário de Patos UNIFIP

Discente de medicina do Centro Universitário de Patos.

Milena Nunes Alves de Sousa, Centro Universitário de Patos UNIFIP

Pós-Doutora em Promoção de Saúde. Pós-Doutora em Sistemas Agroindustriais. Pró-Reitora de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação UNIFIP.

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Publicado

2023-03-10

Edição

Seção

CIências da Saúde