A TERAPIA OCUPACIONAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

  • Kellinson Campos Catunda Secretaria de Saúde de Sobral
  • Braulio Nogueira de Oliveira Universidade Estadual do Ceará

Resumo

Objetiva-se analisar a produção científica acerca das fragilidades, potencialidades, desafios e perspectivas das práticas do terapeuta ocupacional na Estratégia Saúde da Família (ESF). A revisão integrativa da literatura foi utilizada com vistas a agrupar as informações e síntese do conhecimento por meio da temática proposta. Adotamos como critérios de inclusão todos aqueles estudos que trouxessem a relação entre a terapia ocupacional e a ESF, publicados nos últimos dez anos (2004-2014) e que estivessem disponíveis na íntegra e na língua portuguesa. Foram incluídas todas as bases de dados indexadas na Biblioteca Virtual em Ciências da Saúde (BVS). De um total de 39 artigos encontrados, foram incluídos 13. Verificou-se que a maioria dos estudos foi realizada no estado de São Paulo (70%) e que não houve nenhum estudo de natureza quantitativa. As principais fragilidades estão relacionadas a questões de estrutura física, à presença do setor privado e à pouca aproximação entre os profissionais de saúde. Dentre as potencialidades destaca-se o trabalho na perspectiva da corresponsabilização, tendo por base práticas compartilhadas e ressignificação de práticas tradicionais na área, como o brincar. O principal desafio e perspectiva é o rompimento com o modelo biomédico, que ainda repercute nas práticas. Diante dos achados, pode-se considerar que se faz necessária uma maior difusão dos saberes e práticas da categoria na área da ESF, bem como estimular a produção científica nas diversas regiões brasileiras, como forma de proporcionar subsídios para uma atuação condizente com os preceitos da saúde coletiva.

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Publicado

2014-12-14

Edição

Seção

CIências da Saúde