VIVÊNCIA DE UMA FAMÍLIA COM O AUTISMO: ESTUDO DE CASO USANDO FERRAMENTAS DE ABORDAGEM FAMILIAR

Authors

DOI:

https://doi.org/10.36977/ercct.v21i2.274

Abstract

O cuidado às famílias em condições crônicas de saúde, como as pessoas com deficiência têm se tornado uma rotina das equipes de saúde da Atenção Primária à Saúde, fato que vem demandando uma prática com base em ferramentas de avaliação apropriadas para seu manejo. Esse contexto, levou à sistematização de um relato de caso com o objetivo de descrever a avaliação de uma família com uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por meio de ferramentas de abordagem familiar. O estudo foi realizado em Santana do Acaraú-CE durante os meses de julho e agosto/2019 utilizando como instrumento de coleta de informações uma entrevista não estruturada, cujos dados foram organizados a partir das ferramentas de abordagem familiar: genograma e ecomapa. Os resultados evidenciaram que o papel de cuidador principal é desempenhado pela mãe da criança, demonstrando sobrecarga e adoecimento da cuidadora do caso índice. A utilização das ferramentas favoreceu uma relação de confiança com a família e a compreensão das relações interfamiliares e com a comunidade, além do entendimento da rede de apoio à família.

 

Author Biographies

Rejane Maria Pereira, UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA

Cirurgiã Dentista. Estudante do Mestrado Profissional em Saúde da Família da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) / Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (RENASF) /Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Especialista em gestão de Serviços de Saúde- ESP-CE.

Cibelly Alliny Siqueira Lima Freitas, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)

Maria Adelane Alves Monteiro da Silva, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)

Verônica de Azevedo Mazza, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Docente da Universidade Federal do Paraná

Andrea Carvalho Araújo Moreira, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)

Daniela Sandra Rego Queiroz, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Mestra em Saúde da Família pela Universidade Estadual do Ceará (UVA). Enfermeira da Estratégia Saúde da Família (ESF) de Santana do Acaraú, Ceará. 

References

ALVES, A. P. et al. Ferramentas de abordagem familiar na Estratégia Saúde da Família: relato de caso da Equipe Vila Greyce em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. EFDeportes Rev. Digital. Buenos Aires, v. 19, n. 202, mar. 2015. Disponível em: https://www.efdeportes.com › efd202 › abordagem-familiar-na-estrategia-s... Acesso em: 30 jul. 2019.

BARROS, A. L. O. et al. Sobrecarga dos cuidadores de crianças e adolescentes com Síndrome de Down. Ciên. & Saúde Coletiva. v.22, n.11, p.3625-3634, 2017. Disponível em: https://www.scielosp.org › article › ssm › content › raw › 1413-8123-csc-2... Acesso em: 30 jul. 2019.

BELLATO, R. et al. O cuidado familiar na situação crônica de adoecimento. In: CONGRESSO IBERO-AMERICANO EM INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA, 4., p. 5-7 ago. 2015, Aracajú. Anais eletrônicos [....] Aracajú: Universidade Tiradentes. 2015. Disponível em: https://proceedings.ciaiq.org › index.php › ciaiq2015 › article › view. Acesso em:15 maio 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Cadernos de Atenção Básica n.34: Coordenação de Saúde Mental. 2. ed. Brasília: MS, 2013. Disponível em: bvsms.saude.gov.br › bvs › cadernos_atencao_basica_34_saude_mental. Acesso em: 2019 jun. 18.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde.

Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.: Diário Oficia [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 13 de junho de 2013. Disponível em: sintse.tse.jus.br › documentos › Jun › para-conhecimento › cns-resolucao-... Acesso em: 5 jan. 2019.

COSTA, R. Representação gráfica de famílias com recurso ao Genopro®: (re) descobrir o genograma familiar no contexto da investigação qualitativa. Indagatio Didactica. Aveiro, v. 5, n. 2, p. 723-733, out. 2013. Disponível em: http://revistas.ua.pt/index.php/ ID/article/view/2486/2354. Acesso em: 20 jun. 2019.

CHAPADEIRO, C. A.; ANDRADE, H. Y. S. O.; ARAÚJO, M. R. N. A família como foco da Atenção Básica. Belo Horizonte: Nescon/UFMG. 2011. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/registro/referencia/0000002370. Acesso em: 15 ago. 2019.

DITTERICH, R. G.; GABARDO, M. C. L.; MOYSÉS, SJ. As ferramentas de trabalho com famílias utilizadas pelas equipes de saúde da família de Curitiba, PR. Saúde Soc. São Paulo, v.18, n.3, p.515-524, 2009. Disponível em: http://www.scielosp.org/article/sausoc/2009.v18n3/515-524. Acesso em: 20 jun. 2019.

DUVALL, E.; KERCKHOFF, R. (1958). Implications for education through the family life cycle. Marriage and Family Living. v.20, n.4, p.334-343. doi:10.2307/348255.

FRANCO, R. S.; SEI, M. B. O uso do genograma na psicoterapia psicanalítica familiar. Gerais: Rev. Interinstitucional de Psico. V.8, n.2, p. 399-414, jul. / dez., 2015. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S198382202015000300009&lng=pt&nrm=is. Acesso em: 5 jul. 2019.

GALLAGHER, S. et al. Predic¬tors of psychological morbidity in parents of children with intellectual disabilities. J. Pediatr. Psychol. Birmingham, v.33, n.10, p.1129-1136, nov./dez., 2008. Disponível em: https://core.ac.uk › download › pdf. Acesso em: 30 jul. 2019

LACERDA, M. K. S. et al. Ferramentas de Abordagem Familiar: estudo de uma família cadastrada em uma equipe de estratégia saúde da família em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Rev. de Iniciação Cient. da Universidade Vale do Rio Verde. Três Corações, 2017; v.7, n.1, p.25-34, 2017. Disponível em: https://www.periodicos.unincor.br/index.php/iniciacaocientifica/article/download/3984/3184. Acesso em: 5 jun. 2019.

LINO, V. T. S. et al. Prevalência de sobrecarga e respectivos fatores associados em cuidadores de idosos dependentes, em uma região pobre do Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, v.32, n.6, p.1-14, jun. 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102 311X2016000605001&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 30 jul. 2019.

MARRON, E. M. et al. Burden on caregivers of children with cerebral palsy: predictors and related factors. Universitas Psychologica. Bogotá, Colombia, v.12, n.3, p.767-777, jul./set. 2013. Disponível em: https://revistas.javeriana.edu.co › article › view. Acesso em: 30 jul. 2019.

MELLO, A. M. S. R. et al; Retratos do autismo no Brasil. 1. ed. São Paulo: AMA. [Internet]. 2013. 1-174. Disponível em: https://www.autismo.org.br/site/images/.../RetratoDoAutismo-20131001.pd. Acesso em: 30 jul. 2019.

MENDES, E. V. O Cuidado das condições crônicas na Atenção Primária à Saúde: o imperativo da consolidação da Estratégia da Saúde da Família. In: Eugênio Vilaça Mendes. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da Estratégia da Saúde da Família. 1. ed. Versão Web. Brasília-DF: Organização Pan-Americana da Saúde. 2012. Cap.7, 235-410. Disponível em: bvsms.saude.gov.br › bvs › cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude. Acesso em: 10 jan. 2019.

MUSQUIM, C. A. et al. Genograma e ecomapa: desenhando itinerários terapêuticos de família em condição crônica. Rev. Eletr. Enf. V.15, n.3, p.656-66, jul./set. 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v15i3.17730. doi: 10.5216/ree.v15i3.17730. 656-666. Acesso em: 5 ago. 2019.

NASCIMENTO, L. C.; Rocha, S. M. M.; Hayes, V. E. Contribuições do genograma e do ecomapa para o estudo de famílias em enfermagem pediátrica. Rev. Texto Contexto Enferm. Ribeirão Preto, São Paulo, V.14, n.2, p.280-6, abr./jun., 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v14n2/a17v14n2.pdf. Acesso em: 20 jun. 2019.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação: relatório mundial. Brasília (Brasil). [Internet]. p. 1-105, 2003. Disponível em: www.saudedireta.com.br › inovadores parte_001. Acesso em: 10 ago. 2019.

PEGORARO, R. F.; CALDANA, R. H. L. Mulheres, loucura e cuidado: a condição da mulher na provisão e demanda por cuidados em saúde mental. Saúde e Sociedade. São Paulo, v.17, n.2, p. 82-94, 2008. Disponível em: www.scielo.br › scielo. Acesso em: 30 jul. 2019.

SANTOS, M. J. Z.; GOMES, I. C. O uso do genograma como recurso expressivo e objeto mediador em grupo de crianças e adolescentes. Semina: Ciênc. Sociais Humanas. v.39, n.2, p.197-212, jul./dez., 2018. Disponível em: https://www.researchgate.net › publication › 330828396_O_uso_do_genogr... Acesso 2019 jun. 2019.

SOUZA, I. P. et al. Genograma e ecomapa como ferramentas para compreensão do cuidado familiar no adoecimento crônico de jovem. Rev.Texto Contexto Enferm. V.25, n.4, p.1-10, 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0104-07072016001530015. Acesso em: 20 jul. 2019.

WACHTEL, E. F. The family psyche over three generations: the genogram revisited. Journal of marital and Family Therapy, Malden. V.8, n.3, p.335-343, 1982. Disponível em: http://psycnet.apa.org/ record/1983-02391-001. Acesso 2019 jul. 5

Published

2020-12-09

Issue

Section

CIências da Saúde