PRODUÇÃO DE BIOMASSA DE INFLORESCÊNCIAS EM FUNÇÃO DE ESPAÇAMENTOS E ADUBAÇÃO ORGÂNICA COM JUMBU ( ACMELLA OLERACEA – ASTERACEAE)

Autores

  • Maria Auxiliadora Silva Oliveira professora do Instituto Superior de Teologia Aplicada - INTA; servidora da Universidade Federal do Ceara - UFC.
  • Renato Innecco Innecco professor do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal do Ceara - UFC.

Resumo

Objetivou-se neste experimento determinar o (s) melhor (es) espaçamento (s) entre plantas e o (s) melhor (es) nível (is) de adubação orgânica para o cultivo de A. oleracea que garantam maior produção de biomassa de capítulos florais em nível de campo. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 4 x 3, utilizando-se quatro níveis de adubo orgânico (0; 2; 4 e 8 Kg.m-2), combinados com três espaços entre plantas e entre as fileiras (1,0 x 1,0 m – E1; 1,0 x 5,0 m – E2 e 0,5 x 0,5 m – E3). Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e com quatro repetições. As variáveis analisadas foram: produtividade de matéria fresca (Kg.ha-1) e produtividade de matéria seca (Kg.ha-1). A maior produção dos capítulos florais, representado pelo peso da matéria fresca e seca, foi garantido pelo tratamento E3. Os tratamentos E1 e E2 foram inferiores, porém não diferindo estatisticamente entre si. As variáveis peso da matéria fresca e peso da matéria seca dos capítulos florais, no tratamento níveis de adubação orgânica, mostraram comportamento representado por uma curva quadrática (R2= 0,9406 e R2= 0,9983 respectivamente). Houve um ponto de máxima na adubação de 04 Kg.m-2 com queda no peso tanto de matéria fresca quanto da matéria seca após essa quantidade, indicando que deve-se utilizar 40 t de adubo orgânico por hectare de cultivo para obtenção de maior produtividade de capítulos florais de jambu.

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Publicado

2016-03-30

Edição

Seção

Ciências Agrárias