ENSAIO SOBRE A IDENTIDADE CULTURAL CEARENSE A PARTIR DO BAIÃO DE DOIS

Autores/as

  • MURILO SÉRGIO DA SILVA JULIÃO Químico Industrial. Doutor em Química Analítica pela Universidade de São Paulo. Graduando do Curso de Gastronomia da Universidade Federal do Ceará. Professor Associado da Universidade Estadual Vale do Acaraú. http://orcid.org/0000-0001-6709-0061
  • José Arimatea Barros Bezerra Pedagogo. Doutor em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará. Professor Associado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Ceará.
  • Francisco José Freire Andrade Filósofo. Especialista em Gestão Educacional pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. Professor Auxiliar do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú.

Resumen

Certos valores subjetivos e objetivos relacionados à gastronomia, como: tradição, história, tipos de alimentos, sabores, técnicas e práticas culinárias podem ser os elos para a formação de uma cultura gastronômica regional. Hoje em dia as sociedades estão tentando resgatar a culinária tradicional, valorizando principalmente a cozinha regional, numa tentativa de revalorizar as raízes culturais. Entretanto, desde o final do século XX, os saberes e os sabores da culinária tradicional estão perdendo certas características histórico-culturais, uma vez que o modo de elaborar as preparações gastronômicas está gradualmente desaparecendo, pois infelizmente a memória coletiva e o conhecimento tradicional estão sendo engolidos pelo processo de globalização. O objetivo do trabalho foi enfocar alguns perfis históricos e culinários do prato denominado “baião de dois” com a finalidade de preservar a preparação tradicional deste produto da cultura cearense a fim de valorizá-lo como uma iguaria de um determinado local, um fator identitário, para que seja reconhecido como patrimônio gastronômico estadual, assim como fizeram outros estados brasileiros. Os perfis aqui tratados: históricos, culturais e nutricionais do baião de dois, servem para subsidiar a valorização e legitimar as formas de utilização do alimento como parte em interesses que considerem razões de ordem política, econômica, identitária, etc. A preservação do patrimônio gastronômico deve ser valorizada em virtude da necessidade de reafirmação das identidades coletivas em contraposição às tendências de homogeneização e ao processo de globalização, a fim de equilibrar as manifestações tradicionais e o progresso econômico e social sustentável, gerado a partir do uso de matérias primas locais.

Biografía del autor/a

MURILO SÉRGIO DA SILVA JULIÃO, Químico Industrial. Doutor em Química Analítica pela Universidade de São Paulo. Graduando do Curso de Gastronomia da Universidade Federal do Ceará. Professor Associado da Universidade Estadual Vale do Acaraú.

Graduado em Química Industrial pela Universidade Federal do Ceará [UFC] (1990), Mestre em Química Analítica (1996) e Doutor em Química (Química Analítica) pela Universidade de São Paulo (2007) [USP-Capital]. Atualmente é Professor Associado N da Universidade Estadual Vale do Acaraú [UVA]. Atua principalmente nos seguintes temas: i) Bioeletroanalítica, ii) Métodos Eletroquímicos de Análise, iii) Química Ambiental, iv) Ensino de Química e de Ciências, v) Divulgação Científica e vi) Gastronomia.

José Arimatea Barros Bezerra, Pedagogo. Doutor em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará. Professor Associado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Ceará.

Graduado em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (1990), especialista em Educação Popular em Saúde pela Universidade Estadual do Ceará e Escola de Saúde Pública do Ceará (1996), Doutor em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (2002) e Pós-doutor em História pela Universidade Federal do Paraná (2009). Atualmente é Professor Associado da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará. Realiza pesquisas sobre as temáticas: políticas públicas de alimentação e nutrição; educação, alimentação e cultura, alimentos tradicionais do Nordeste, gênese do saber em alimentação no Brasil e história da alimentação.

Francisco José Freire Andrade, Filósofo. Especialista em Gestão Educacional pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. Professor Auxiliar do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú.

Graduado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará (1990). Especialsita em Gestão Educacional pela  Universidade Estadual Vale do Acaraú. Atualmente é Professor Auxiliar D da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Avaliação Educacional.

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Publicado

2017-11-27

Número

Sección

Ciências Humanas