A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PRODUTIVO NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX: UMA ANÁLISE POR MEIO DO RECENSEAMENTO GERAL DE 1920

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.36977/ercct.v20i1.245

Palabras clave:

História Oficial - Trabalho Indefinido - Pobreza Urbana

Resumen

O período compreendido entre as últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do século XX aponta para uma nova organização das relações de trabalho no Brasil. O fim do sistema escravista impulsiona o surgimento de uma massa de trabalhadores livres que, aos poucos, são inseridos junto às novas dinâmicas produtivas gestadas no início do século. Nosso objetivo é investigar a organização do trabalho produtivo, definido e indefinido, a partir do Recenseamento Geral do Brasil, produzido em 1920. A partir da análise documental, percebemos a ausência de categorias conceituais específicas para compreender a organização do trabalho no período, que eram diferentes dentro de uma escala nacional e local, onde a conceituação de ocupações e profissões eram difusas. Como metodologia, usamos uma abordagem comparativa com outros documentos produzidos no período, como: o Almanaque Administrativo, Estatístico, Industrial e Literário do Ceará, produzido entre 1889 e 1930. Nesse sentido, apresentamos algumas reflexões sobre as formas de qualificar e desqualificar a atividade produtiva brasileira, a partir de documentos oficiais do período. Nosso estudo situa-se dentro das discussões propostas pela História Social do Trabalho, em torno da categoria conceitual de trabalho.

 

Biografía del autor/a

Amanda Guimarães da Silva, Universidade Federal do Ceará

Graduada em História pela Universidade Federal do Ceará (2018) e Mestranda em História Social pela mesma universidade. Pesquisadora bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET História (2014 - 2018). Atualmente, pesquisadora bolsista CAPES. Possui experiência na área de Brasil República, desenvolvendo pesquisas junto ao campo de História Social do Trabalho, com temáticas voltadas para pauperismo urbano, criminalidade e trabalhadores intermitentes. 

 

Hugo Cavalcante Vasconcelos Neto, Universidade Federal do Ceará

Graduando em História pela Universidade Federal do Ceará. Pesquisador Bolsista CNPQ, projeto “Imagens e palavras em trânsito: cinema e censura no Brasil (1964-1985) ”, com vínculo junto a Universidade Federal do Ceará.

Mario Martins Viana Junior, Universidade Federal do Ceará

Professor Adjunto C1 do curso de graduação e pós-graduação em História da Universidade Federal do Ceará, setor de estudos História do Brasil. Possui doutorado em História Cultural (UFSC-2013) e mestrado em História Social (UFC-2009). Atualmente é um dos coordenadores do Núcleo de Estudos sobre Memória e Conflitos Territoriais (COMTER) e do projeto de pesquisa "Por uma história agrária no Ceará". Coordena o Grupo de Trabalho (GT) "Questão Agrária"; da ANPUH-CE. Desenvolve trabalhos de extensão voltados para a educação popular tanto na cidade como no campo, a exemplo da coordenação dos programas de extensão: Projeto Novo Vestibular (PNV) e Memória das Comunidades Impactadas pelos Perímetros de Irrigação no Ceará. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nas seguintes temáticas: campesinato, conflitos territoriais, memórias do campo, semiárido, gênero, masculinidades, América Portuguesa, Brasil República.

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Publicado

2019-06-26

Número

Sección

Ciências Humanas